segunda-feira, 18 de maio de 2009

Releitura de Mona Lisa

Aluno: Vitor Cardoso A. de Almeida.
Série: 7ª Turma: B

Aluno: Elivelton C. Santos da Silva.
Série: 7ª Turma: D

Aluna: Isabela Noronha
Série: 7ª Turma: D


Leonardo da Vinci (1452 - 1519) foi de fato o homem Renascentista perfeito, e seus talentos caracterizaram os ideais de engenhosidade e criatividade. Foi um grande pintor, arquiteto, músico, escultor, cientista, inventor e matemático.
Desde que Leonardo pintou a Mona Lisa, sua mais famosa pintura, as pessoas não param de comentar o misterioso olhar da mulher e, especialmente, o seu sorriso. Onde quer que você se posicione, Mona Lisa estará sempre olhando na direção de seus olhos.

quinta-feira, 14 de maio de 2009

De olho na estética Ndebele e seus desdobramentos







Murais Modernistas fazem da Escola Parque uma grande galeria de arte


LEGENDA DAS ILUSTRAÇÕES
Fig. 1 e 2. Maria Célia Mendonça. Óleo sobre madeira compensada. A transformação da matéria.
Fig. 3 e 4. Mário Cravo. Têmpera sobre madeira compensada. O homem e a máquina.
Fig. 5 e 6. Jenner Augusto. Afresco. A evolução humana.
Fig. 7 e 8. Carybé. Têmpera sobre madeira compensada. A energia.
Fig. 9 e 10. Carlos Mangano. Têmpera sobre madeira compensada. A evolução humana.

O Complexo Educacional Carneiro Ribeiro (Escola Parque ) projeto arquitetônico de Diógenes Rebouças, localizado no bairro da Caixa D'Água, criada pelo educador Anísio Teixeira, na década de 50, possui um grande tesouro artístico , que reflete os ecos do modernismo na Bahia, reunindo murais dos principais artistas da cena baiana da época , Jenner Augusto ( A evolução humana ), Mário Cravo ( O homem e a máquina), Carybé (A energia), Carlos Mangano (A evolução humana) e a figura feminina de Maria Célia Mendonça ( transformações da matéria).
Os cinco murais do pavilhão de trabalho, assinados por Mário Cravo, Carybé, Jenner Augusto, Maria Célia Mendonça e Carlos Mangano, com temas como 'o homem e a máquina', 'a energia' ou 'a evolução humana', encomendados pelo próprio Anísio Teixeira. Os dois principais painéis, de 20 metros de largura por 12 de altura, foram feitos por Cravo e Carybé, que utilizaram a técnica de têmpera a ovo sobre compensado, os afrescos de Jenner Augusto e Carlos Mangano e uma pintura a óleo sobre madeira de Maria Célia Mendonça.

sexta-feira, 8 de maio de 2009

Arte Africana: A Estética Ndebele


Olá caros alunos !!Vamos conhecer um pouco desta rica cultura material , do povo Ndebele , gostaria que vocês prestassem bem atenção a sua arte , suas cores , suas formas , enfim a toda expressão criativa desse grupo étnico.
A arte africana é um reflexo fiel das ricas histórias, mitos, crenças e filosofia dos habitantes deste enorme continente. A riqueza desta arte tem fornecido matéria-prima e inspiração para vários movimentos artísticos contemporâneos da América e da Europa. Artistas do século XX admiraram a importância da abstração e do naturalismo na arte africana. A história da arte africana remonta o período pré-histórico. As formas artísticas mais antigas são as pinturas e gravações em pedra de Tassili e Ennedi, na região do Saara (6000 AC ao século I da nossa era). Os povos africanos faziam seus objetos de arte utilizando diversos elementos da natureza. Faziam esculturas de marfim, máscaras entalhadas em madeira e ornamentos em ouro e bronze. Os temas retratados nas obras de arte remetem ao cotidiano, a religião e aos aspectos naturais da região. Desta forma, esculpiam e pintavam mitos, animais da floresta, cenas das tradições, personagens do cotidiano etc.

A arte do povo Ndbele

Os Ndebele é uma das menores tribos da África do Sul, O termo Ndebele se refere a um grupo étnico disperso entre o Zimbábue e a província de Transvaal a nordeste de Pretória . Mas intensa o suficiente para revelar uma das manifestações artísticas de maior destaque de todo o continente, são conhecidos pela beleza e colorido das suas criações artísticas: as suas casas, roupas e acessórios de cores gráficas e formas geométricas, a sua joalharia é caracterizada por um rico e minucioso trabalho com contas.

Tradições, adornos, jóias e bijuterias

Quando as raparigas Ndebele estão em idade de casar recebem uma boneca, o xale e o avental simbolizam o seu novo status de mulheres casadas. A dona da boneca deve tomar conta dela e dar-lhe um nome, o nome que depois será dado a sua primeira filha.
A tradição artística é passada de geração em geração. Depois de fazer suas tarefas diárias, as mulheres se juntam embaixo de uma árvore ou em suas casas e passam o tempo bordando, costurando, desenhando e fazendo trabalhos com miçangas e sementes. Os adornos das mulheres Ndebele, que ficam mais espetaculares com o casamento e com a idade, estão entre os mais belos de toda a África. As crianças da tribo usam sementes antes de usarem roupas, ganhando seus primeiros ornamentos logo depois do nascimento, uma simples tira de miçangas brancas, usada em volta da cintura, para dar sorte. As cores das contas têm especial significado, refletindo os estados de desenvolvimento da vida, da infância à maturidade.
À medida que elas ficam mais velhas, tornozeleiras de sementes, braceletes e colares curtos são usados com "franjas" - os ghabi. Para a celebração da adolescência, usam aventais retangulares, os ipeptu, completamente bordados em estampas de desenhos tridimensionais, saias de couro nas costas, os isithimbas, e um impressionante número de colares de sementes coloridas, os isiholwani, em volta de braços, pernas e cintura. Jovens, noivas e mulheres casadas continuam a usar adornos de sementes. Nos primórdios, os adornos pessoais das mulheres remetiam aos desejos de seus maridos em exibir seu status econômico.
Antigamente, quando sua casa estivesse pronta, a mulher casada deveria usar também anéis de cobre no pescoço, e se acreditava que eles tinham também poderes místicos. Quanto mais anéis, mais rico e poderoso o marido, que deveria prover a mulher com os anéis para as pernas. Essa prática não é mais comum e hoje é desencorajada por médicos. Atualmente, a maior parte das mulheres da tribo daquela região usa as roupas rituais apenas nos finais de semana, vestindo roupas ocidentais no dia-a-dia. Ela usa diariamente seus maravilhosos trajes e nunca tira seus anéis. Diz que eles não a incomodam.
O trabalho com contas, tão típico da África do Sul, outrora insígnia da realeza tribal, encontra nos dias de hoje um imenso leque de aplicações, desde a criação de coberturas para tudo, de garrafas a caixas de fósforos – e a reprodução da fita vermelha contra a SIDA, na forma de pequenas contas Zulu conhecidas como As Cartas de Amor Zulu ("iNcwadi Kuthanda").
Cestaria e cerâmica, naturalmente, há muito que alcançaram um nível de perfeição na sociedade tradicional sul africana e o florescimento destas formas hoje em dia adornam as colunas das galerias tantas vezes quantas as que abundam pelas malhas dos subúrbios.

Pintura Mural e de cavalete

Já circula pelo mundo a técnica ancestral de pintar os muros das residências – à mão livre – com linhas e ângulos geométricos coloridos. Obra de Esther Mahlangu, artista de 75 anos, pioneira em colocar as cores e formas Ndebele em telas. Quando ela tinha 55, 20 anos atrás, foi a primeira mulher de sua tribo a cruzar o oceano. As moças solteiras pintam a sua casa e chamam a comunidade para ver. Se as pessoas gostarem, significa que ela será uma boa esposa. É uma tradição que passa de mãe para filha. As famílias moram em complexos habitacionais formados por várias edificações e pátios denominados Umuzi. A fachada da casa principal, o indlu, é a mais importante pois significa o centro e entrada do Umuzi, e nela são concentrados os desenhos e pinturas mais elaboradas. A pintura das fachadas e muros das casas é um privilégio exclusivo das mulheres Ndebele, e uma tradição que ainda sobrevive unicamente porque passa de mãe para filha. As meninas aprendem a arte de pintar ainda crianças e ao atingir a puberdade fazem um estágio de três meses onde aprimoram a técnica de pintura e aprendem o trabalho de contas. A pintura é a forte expressão individual da identidade das mulheres e o que diferencia uma mulher das outras é o estilo da pintura, o motivo, a composição e a escolha das cores. Elas dominam a técnica de construir e pintam as casas como confeccionam seus vestidos de contas ou como embelezam seus corpos. A arte para os Ndebele, como para a maioria dos povos africanos, tem um significado mágico-religioso e um caráter cerimonial. Existem dois tipos de pintura: o tradicional (ikghuphu), que usa padrões geométricos, e muitas vezes uma camada superficial de barro misturado com fezes de gado, onde com os dedos elas desenham linhas verticais, horizontais e diagonais; e o moderno, que utiliza tintas industriais e um design mais complexo, além de elementos abstratos e figurativos. Em contraste com a efusão de cores e formas que criam e de seus exuberantes ornamentos de contas, as mulheres Ndebele, que não possuem quase nenhum contacto com a cultura ocidental, são reservadas. Quando perguntadas sobre a motivação e inspiração de suas pinturas respondem: “Isso eu aprendi com minha mãe” ou, “É a lei das Ndebele”.

sexta-feira, 17 de abril de 2009

A OBRA DE ARTE NO ENSINO DE HISTÓRIA

http://www.projetopresente.com.br/revista/rev6_historia.pdf

Metodologia Triangular

Releitura e Análise das Obras de Arte
Nas últimas três décadas, importantes mudanças de foco ocorreram no ensino de Arte no Brasil.
Seguindo uma via aberta especialmente por arte-educadores norte-americanos, ainda na década de 1960, as novas concepções de aprendizado artístico que têm se firmado em território brasileiro propõem, entre outras coisas, uma revisão crítica da noção de livre expressão e colocam francamente em cheque a idéia ainda muito difundida de que o desenvolvimento artístico – especialmente o da
criança – se processa de maneira espontânea e auto-expressiva.
Na contra-corrente da tendência da livre expressão, autores como Edmund B. Feldman, Thomas Munro e Elliot Eisner frisaram o quanto o desenvolvimento artístico é, na verdade, o resultado de um aprendizado complexo: ele depende de um esforço ativo e – ao menos em parte – consciente na resolução daquelas questões que se apresentam na medida em que se ensaiam tentativas de transformar em objetos acessíveis aos sentidos idéias, aspirações ou sentimentos. Esse processo de aprendizagem pode, em certa medida, ser orientado por um professor, que encontra nessa tarefa uma maneira efetiva de contribuir para a educação artística, seja da criança, seja do adulto.
Para que uma tal mudança de concepção ocorresse, foram certamente importantes as transformações análogas ocorridas no front operacional da arte: da mesma maneira como o desprestígio da idéia de um ensino artístico formalizado tinha atingido o seu ponto culminante no imediato segundo pós-guerra, simultaneamente ao predomínio quase absoluto de poéticas neoromânticas (expressionismo abstrato, arte informal etc.), o surgimento, a partir dos anos 1960, de uma procura por critérios mais objetivos para a arte-educação se encontrava em sintonia com a emergência de novas poéticas, que não mais punham no centro de seus programas a originalidade ou a expressão individual do artista. Precedido pelo Surrealismo e sua celebração dos chamados pompiers – os artistas acadêmicos oitocentistas –, foi este caso, da minimal art, da op art, da pop arte que chegou ao ápice nos anos 1980, com “a implosão de nostalgias passadistas e o difuso direcionamento ‘pós-moderno’ às mídias tradicionais” (Pinelli, 2005, p.44).
No Brasil, a encarnação mais difundida dessas recentes tendências do ensino artístico é, sem dúvida, a chamada Metodologia ou Proposta Triangular, sistematizada pela arte-educadora Ana Mae Barbosa na década de 1980, e que envolve, como o próprio nome sugere, o trabalho em três vertentes mentais e sensoriais distintas: o fazer artístico, a leitura da obra de arte e contextualização da arte (Barbosa, 1998, p.33). Em finais dos anos 1990, quando da redação dos Parâmetros Curriculares Nacionais para a área de Arte (Brasil, 1997), a Metodologia Triangular se converteu em, nada mais, nada menos, do que o fundamento oficialmente proposto pela Secretaria de Educação Fundamental do MEC para orientar o ensino artístico no Brasil.